28 de dezembro de 2006

Adolescente...e grávida!

Crianças ainda, elas carregam uma responsabilidade de mulher. Em plena era da informação e do (quase) aberto debate sobre a sexualidade, a gravidez na adolescência é um fenômeno que parece passar ao largo de tudo isso. Dados do Ministério da Saúde mostram que o número de meninas gestantes abaixo dos 18 anos não se está diminuindo, pelo contrário: enquanto na faixa etária dos 16 aos 18 anos as estatísticas se estabilizaram, entre os 13 e 15 anos, elas vêm subindo. Complicações orgânicas, mudanças físicas, emocionais, sociais e amadurecimento precoce são algumas das conseqüências dessa gestação precoce, quase sempre inesperada, mas não necessariamente indesejada.

A adolescente carioca Natália* engravidou com apenas 15 anos, por causa de uma camisinha que se rompeu. Apesar de não planejada, a gravidez não impediu a menina de continuar os estudos e conciliar a maternidade com a vida social e familiar. "Só parei com a escola algumas semanas antes do parto e voltei para as aulas um mês depois. No começo, eu voltava para casa na hora do recreio para amamentar, mas agora o meu leite não a sustenta mais, por isso ela toma uma mamadeira enquanto estudo", conta ela. A família se surpreendeu com a gravidez precoce, especialmente o pai. No entanto, com o tempo, todos aceitaram e se envolveram com a chegada de Maria Clara.

As colegas de escola de Natália, no princípio, também se espantaram, mas fizeram questão de ajudar em tudo. Encheram Natália de presentes e organizaram, inclusive, um chá de bebê. "Era uma novidade e todo muito curtiu isso junto comigo. Minhas amigas iam lá pra casa estudar comigo e, graças a isso, consegui passar de ano, não fiquei em recuperação em nenhuma matéria. A escola também aceitou minha condição, possibilitando inclusive que eu viesse para casa amamentar a Maria Clara e abonando minhas faltas na época do parto", conta. Para aprender a lidar com as mudanças físicas e emocionais que a gravidez poderia causar, Natália lia tudo o que podia sobre o assunto. "Aprendi tudo sobre gravidez, parto, pós-parto e amamentação. Fiquei muito mais emotiva e comecei a perceber o mundo de outra maneira. Sempre me preocupei com os problemas sociais do país e do mundo, mas isso se acentuou bastante depois de eu ter me tornado mãe", avalia.

Mas, e o pai da criança? Rodrigo* é quatro anos mais velho que Natália e jogador profissional de futebol. Eles se conheciam desde crianças e já namoravam há um ano quando foram surpreendidos pela gravidez. "Nem cogitamos outra possibilidade diferente de ter o filho. Somos muito unidos e o fato de ele trabalhar foi fundamental para que as coisas corressem bem. Além disso, a família dele assumiu a mim e ao bebê desde o começo, diferentemente dos meus pais. Tanto que, atualmente, moramos na casa dos pais dele", revela Natália.

Menina ou Mulher?

Já para a pernambucana Marisa*, as coisas não foram tão simples. Aos 17 anos, ela parou de estudar e precisou largar o emprego de vendedora numa loja de roupas de um shopping, em função das complicações da gravidez. Vivendo uma relação conturbada com o namorado Fábio*, logo no início da gestação decidiu fazer uma viagem para a casa de tios em Salvador para se afastar do clima de brigas. Mas, logo que chegou à cidade começou a perder muito sangue e, já internada, descobriu que teve um descolamento de placenta. "Precisei ficar no hospital durante um mês e ainda passei mais dois em casa, de cama, com todos os cuidados necessários. Não foi fácil, mas hoje, estou no oitavo mês, tranqüila, na reta final", conta.

O problema maior mesmo ficou por conta da resistência da família. "Corri o risco de perder o bebê e a vida por causa de um hematoma que surgiu no meu útero. Foi quando minha família mais fez pressão para que eu abortasse. Além disso, emocionalmente não sei como consegui chegar até aqui, pois meu namorado não tem a menor maturidade para encarar essa situação, não consegue procurar emprego, não tem idéia do que é a chegada de um filho na vida de uma pessoa, apesar do desejo dele de ser pai. Nossa relação não está legal, preciso fazer ameaças de que vou largá-lo, de que ele não vai conhecer o filho se não tomar jeito", desabafa. Depois do nascimento do filho, Marisa pretende voltar a estudar e trabalhar para morar na sua própria casa. Mais madura e consciente, ela garante que, agora, pensa diferente: "Sei o gasto que se tem para gerar e criar um filho e não aconselho ninguém a engravidar sem uma vida emocional e financeira estável".

A assistente de marketing Renata Gimeno, hoje com 32 anos, como a maioria das adolescentes, engravidou por falta de informação. Ela tomava pílula, mas sem orientação médica e irregularmente. Então, com apenas cinco meses de namoro, ficou grávida. "Na hora do desespero, pensei até em abortar, mas meu namorado me convenceu a levar a gravidez adiante", confessa. A menstruação de Renata já estava atrasada há cinco meses, quando seu pai achou seu corpo diferente e a levou a um ginecologista. "Eu botava calça apertada, tentava disfarçar até para mim mesma. Na mesma hora o ginecologista percebeu e me perguntou: você sabe o qual é o seu problema, não é? Eu só concordei com a cabeça e meu pai teve uma reação completamente diferente da que eu esperava. Ficou todo bobo porque ia ser avô e não me obrigou a casar", lembra.

Os pais a apoiaram e acompanharam em tudo, pois o pai da criança - que, como ela na época, tinha apenas 18 anos - foi rareando suas visitas e, no final da gravidez, o casal já não se encontrava mais. O rapaz só apareceu depois que o bebê já tinha completado dois meses e, por isso, Renata decidiu registrar a filha só no nome dela. "No início ele tentou colocar o nome dele, mas bati o pé que não queria e aos poucos ele não tocou mais no assunto. Até hoje minha filha só tem o meu sobrenome", afirma.

Nova geração

Apesar da gestação tranqüila no aspecto orgânico, Renata teve crises de depressão durante a gravidez. "Era tudo muito novo, aquela criança parecia um obstáculo imenso na minha vida, apesar de ter sido apoiada tanto pela família como pelos meus amigos, que sempre me chamavam para sair. Eu era muito nova, meu corpo se modificou e não voltou a ser o que era antes e isso me abalou bastante no começo. Também achava que ser mãe seria difícil e chato, mas na hora do parto tive um ‘click'. Parece que a natureza agiu e tudo mudou, minha cabeça deu uma virada. Passei a encarar toda a questão de ser mãe com maior responsabilidade. Percebi que ser mãe não era um bicho-de-sete-cabeças e, se temos este dom, porque negar?", conclui ela, que entrou para a faculdade quando Carol completou seis meses.

Renata se formou, arrumou emprego no departamento de criação de uma agência de publicidade, se estabilizou na profissão, foi morar sozinha e criou sozinha a filha, agora ela mesma uma adolescente. "Mas sei que só consegui isso porque minha família teve estrutura e bancou a mim e a minha filha quando eu era apenas uma vestibulanda. E a Carol tem desde cedo todas as informações necessárias sobre sexualidade e gravidez a partir do meu exemplo. Ela foi testemunha da minha batalha e sofreu comigo nas dificuldades. Acredito que ela não vá passar pelo mesmo aperto que eu", diz.

Informação é essencial, mas não é tudo. A orientação adequada pode fazer a diferença na vida de muitas meninas e seus futuros bebês. "A maioria dos adolescentes conhece os métodos contraceptivos, porém a orientação inadequada ou ausente a respeito de sua sexualidade e do uso correto destes métodos leva a uma iniciação precoce e desastrosa da atividade sexual", comenta o ginecologista Francisco Massa, coordenador do NAPA - Núcleo de Atendimento Para Adolescentes e coordenador da Maternidade Municipal Alzira Reis Vieira Ferreira, em Niterói, no Rio de Janeiro. Segundo ele, esse é o motivo principal que provoca crescentes casos de gravidez indesejada e abortos provocados, com repercussões emocionais, orgânicas e sócio-econômicas que podem ser impeditivas na vida das adolescentes.

Na opinião do ginecologista, é na escola que deveriam se iniciar as ações preventivas, com a qualificação dos educadores para essa missão. "As informações são, às vezes, dadas por profissionais não preparados, que deturpam toda a visão de sexualidade do adolescente. O programa educacional deve fazer parte do currículo normal da escola e deve começar o mais precocemente possível para adolescentes, inclusive aos que ainda não iniciaram a atividade sexual", acredita, comentando que isso tem ocorrido cada vez mais cedo. "A maioria dos casos de gravidez na adolescência ocorre no primeiro ano de vida sexual", afirma.

A experiência no acompanhamento de casos revelou ao Dr. Francisco os três caminhos possíveis para uma adolescente grávida: recorrer à interrupção, assumir o bebê sozinha ou partir para um casamento em regime de urgência, com poucas chances de sucesso. "Nenhuma dessas soluções é boa. O aborto, por exemplo, é a quarta causa de morte nesta faixa etária. Geralmente, são adolescentes sócio-economicamente menos favorecidas que, não tendo condições de acesso à clínicas privadas e caras, se vêem obrigadas a procurar os serviços de curiosas, que praticam o abortamento clandestinamente, em condições precárias. Estima-se que, no Brasil, sejam feitos por ano 400 mil abortamentos provocados em adolescentes na faixa etária de 15 a 19 anos", acrescenta o Dr. Francisco. Para ele, não existe uma boa solução para a gravidez na adolescência. O que se faz, na maioria das vezes, é escolher a menos má. "Na verdade, a melhor solução para a gravidez na adolescência é evitá-la", encerra o médico.

* Os nomes dos personagens foram substituídos a pedido dos entrevistados.


Fonte: Bolsa de Mulher

Cremes e maquiagens para beleza instantânea

Se você é daquelas mulheres que, ao se olharem no espelho não gostam nada do que vêem, uma boa notícia: a indústria de cosméticos acionou a varinha de condão e está repleta de produtos que prometem transformar você numa verdadeira Cinderela. E, o melhor, de forma praticamente instantânea. São cremes, maquiagens, bronzeadores que mudam o visual (e sua auto-estima) como num passe de mágica. Como, infelizmente, não vivemos num conto de fadas, o efeito dura apenas um certo período de tempo, mas o resultado é perfeito para você arrasar naquela festa especial ou impressionar a todos numa reunião de trabalho..

As novidades são muitas, principalmente para quem quer disfarçar as rugas e linhas de expressão. Por exemplo, o Fluido Ultra Suavizante Instantâneo Capture R-Flash, da Dior, é um gel refrescante rejuvenescedor para ser usado pela manhã, antes da maquiagem. Ele promete reduzir em até 60% das rugas em apenas uma hora após a aplicação. Com o uso contínuo, em um mês, devolve a jovialidade da pele. O frasco com 15ml custa R$ 169,00. O grande diferencial desses produtos é o efeito tensor. O No Surgetics Plasti Sculpt soro Lifting, gel fluido da Givenchy, reproduz o lifting sem cirurgia. O produto custa R$229,00 e possui extratos naturais hidratantes de algas marinhas e celulose. Ao entrar em contato com a pele, ele firma e remodela os contornos do rosto, além de reduzir a gordura da região. É garantia de pele firme e de beleza sem cortes.

Não gosta de passar cremes? Então, que tal colocar uma máscara? A Absolue Masque, uma máscara-tecido concentrada de reconstituição profunda, da Lancôme, pode ser usada de duas formas: duas vezes por semana para manter a pele bonita, saudável e jovial, ou como forma de tratamento, com aplicações diárias durante pouco mais de duas semanas para reativar a pele cansada e sem vida. Basta relaxar com o produto de 5 a 10 minutos, o suficiente para promover uma luminosidade instantânea. A caixa custa R$349,00 e vem com seis máscaras.

Região dos olhos

Os olhos denunciam sentimentos, surpresas e... cansaço! Não há nada pior que aquele visual urso-panda das olheiras. O Skin Drink Eye, da Givenchy, é um hidratante específico para a área que, rapidamente, faz com que os contornos dos olhos pareçam menos marcados pelos sinais de fadiga. Ele combina três plantas que melhoram a micro circulação, têm capacidade de vasoconstrição, acalmam e descongestionam o frágil tecido ao redor dos olhos. O efeito revitalizador suaviza as linhas de expressões causadas pela desidratação e olheiras e deixa os olhos luminosos, com brilho. O hidratante custa R$ 139,00.

Maquiagem para disfarçar

A maquiagem, por si só, já é cheia de truques e ajuda a mudar completamente o visual. Porém, é preciso cuidado, senão o resultado pode ser desastroso: ao invés de disfarçar as imperfeições, elas ficam ainda mais acentuadas. Muitas bases e pós já estão sendo desenvolvidos para suavizar as rugas e linhas de expressão. Um exemplo é a linha DiorSkin Sculpt base e corretivo. Os produtos possuem a fórmula 3D anti-idade, com efeito mini-facelift e prometem deixar a pele com contornos perfeitos, textura mais suave, maçãs do rosto esculpidas e olhos em evidência. Eles têm fator de proteção solar e há três opções de tons. A base custa R$164,00 e o corretivo R$127,00.

Já o Teint Idole Ultra, da Lancôme, garante 14 horas de pele impecável, sem exigir retoques. Trata-se de uma base de fácil aplicação e efeito natural. O produto se funde à pele e a deixa macia e sedosa, sem o visual pesado de outros produtos do tipo. A base custa, em média, R$194,00 e vem com quatro opções de cores.

Bronze indoor

O verão parece que veio com tudo, mas não é todo mundo que pode curtir uma bela praia durante a semana. Porém, com apenas poucos produtos é possível deixar o visual dourado, mesmo se você vive trancada no escritório. A marca de cosméticos francesa Sisley tem o Phyto-Touches, um pó botânico bronzeador que ilumina e promove uma aparência dourada, iluminada, dando à pele um aspecto saudável. O estojo vem com duas cores, nos tons de mel (claro) e canela (escuro) e custa R$266,00.

Já a Dior tem uma linha de autobronzeadores que, em uma hora, deixa a sua pele como se você tivesse passado dias na praia. Os produtos possuem Tetrofolina, uma proteína extraída de plantas que ativa a síntese de endorfinas, provocando a sensação de bem-estar e prazer ao corpo, e vitamina E, que protege a pele da ação dos radicais livres. São três opções, para o corpo e rosto: Dior Bronze Natural Glow Body ( R$ 127,00), Dior Bronze Natural Glow Face ( R$ 109,00) e Dior Bronze Shimmering Glow Body (R$ 127,00).

Empinadinho

Para arrasar de vez no verão, que tal deixar os seus seios empinadinhos? O Spray Buste Ultra-liftant, da Yves Saint Laurent, possui um Complexo Cito-Energético que estimula a produção de energia no núcleo das células da pele para otimizar a sua performance. Além disso, possui a tecnologia micro-patch, que estimula a produção de colágeno e elastina, ajudando a manter a elasticidade e firmeza. De acordo com a YSL, os seios ganham 33% em postura e 48% em firmeza. A embalagem de 100ml custa R$288,00.

Bem, se depois de todos esses exemplos, você ainda sim virar abóbora depois da meia-noite, não será culpa da gente. Arrase!


Fonte: Bolsa de Mulher